A propósito das declarações da bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, no programa Renascença " Em Nome da Lei”:
Será que o nosso SNS pode ajudar a concretizar e proporcionar finais felizes?!
Sinto que nos hospitais públicos nem sempre as melhores práticas imperam face à pressão para altas clínicas cada vez mais precoces perante uma população com um aumento da expetativa de vida e carga de doença... Sinto que não há uma rigorosa identificação precoce das necessidades dos doentes e famílias, nem uma avaliação rigorosa das mesmas, o que impede todos os dias o tratamento de todos os problemas físicos, psicossociais e espirituais dos doentes / famílias, não conseguindo o SNS conferir uma melhor qualidade de vida aos seus clientes bem como o alívio e controlo de sintomas. A consciência do SNS face aos cuidados paliativos só lhes confere algum sentido na doença terminal, e não no momento do diagnóstico como seria expectável... daí a obstinação terapêutica com que somos confrontados muitas vezes, e em muitos casos!
Nestas condições e perante as circunstâncias atuais, acredito que para muitas pessoas a eutanásia tenha espaço para acontecer e seja uma alternativa mais barata (e também menos trabalhosa), o que verdadeiramente me entristece enquanto enfermeira.
Nestas condições e perante as circunstâncias atuais, acredito que para muitas pessoas a eutanásia tenha espaço para acontecer e seja uma alternativa mais barata (e também menos trabalhosa), o que verdadeiramente me entristece enquanto enfermeira.