quinta-feira, janeiro 29, 2009

Mudanças e Vizinhos





Mudar de casa

A história repete-se: horas intermináveis com caixas de cartão, arrumar coisas e coisas que se vão acumulando no tempo. Gostava que houvesse uma qualquer forma de aparecer tudo encaixotado, desencaixotado e posteriormente tudo arrumado e colocado nos sítios certos na nova morada!

Para além da Catarina hoje conheci os primeiros vizinhos, um casal novo simpático: a Olga e o marido do 4º andar...

terça-feira, janeiro 27, 2009

Happy Hours









A hora do bolo. A hora das pipocas. A hora da party. A hora de fios e fios intermináveis de conversas.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Dias Chuvosos

Concerto Intimista

A luz escorre pelos degraus brancos que ficam amarelecidos.
Ás duas da manhã, três pessoas na sala e os músicos no palco azul: Afonso Pais (guitarra); João Paulo (piano); Hugo (contrabaixo) Paulo Bandeira (bateria).
A sala fica cheia de notas musicais e de palmas...
Já admirava o Afonso Pais - depois deste concerto ainda mais: magnífico...!

O (primeiro) concerto do ano (2009)!

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Gosto da ideia daquilo que se transforma. Gosto da ideia do que há-de vir: de melhor.
Gosto da ideia do que muda.

"Transformar o amor para melhorar o amor.
Transformar o corpo para melhorar o corpo.
Transformar a poesia para melhorar a poesia.
Transformar este sítio para melhorar este sítio,
Mas transformar também este sítio para melhorar aquele sítio.
Transformar o corpo para melhorar outros corpos.

Transformar o amor para melhorar o amor"

(Gonçalo M. Tavares in "Livro da Dança")

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Saber quando não aceitar, saber quando é menos do que aquilo que merecemos…
Só por as pessoas fazerem coisas horríveis faz delas pessoas horríveis?!
Porque por muito que algo nos doa, por vezes distanciarmo-nos dói ainda mais…

terça-feira, janeiro 20, 2009

O... Obama

H... History

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Vazio, vazio e só vazio.
Hoje o dia a ser feito de desencontros.
Sabem quando se imagina o dia e o fim de tarde diferentes? Imaginei-os únicos e especiais. E apenas o avesso. Só o avesso.
Esperei este dia. Esperei-te a Ti.
Esperei-Te, assim que acordei. Esperei-te no meu dia. Esperei-Te mesmo antes de serem horas. Esperei que chegasses. Esperei-Te até horas depois. E continuei à espera. E quase continuo à espera como se ainda pudesse esperar e como se ainda pudesse ver-Te e acontecer um encontro.
Achava que tinha coisas para te dizer, para te contar, para te perguntar, para te pedir.
Queria o momento, aquele momento que achamos ser possível, aquele momento que idealizamos vezes e vezes, aquele momento que preenche aquilo em que pensamos, aquele momento que fez parte de todo o tempo até chegar a hora de acontecer, aquele momento que vivemos em expectativas como irrepetível. Aquele momento que não aconteceu e que não foi. Aquele momento que podia ter sido. Aquele momento que mesmo não sendo, ainda parece pertencer-nos. Aquele momento que não será.
Vazio, vazio e só vazio.
Hoje o dia a ser feito de desencontros.
Sinto a Tua falta neste dia.
Sinto o vazio do teu ar doce e suave distante...

Sinto o vazio dos Não Encontro(s) que me faz sentir o vazio da perda de afectos...
E é um vazio daqueles que não é esquecível.

domingo, janeiro 18, 2009

«Continuo à pergunta de como hei-de viver, todos os dias há questões.

Já estive perdidamente apaixonada. E é o melhor que há. Mesmo apesar das coisas más.

Mais do que as pessoas terem talento, importa-me a qualidade humana.»

Raquel Freire

sexta-feira, janeiro 16, 2009

Pesadelo I

Pesadelo II
Recuos para a frente… avanços para trás…

(O fim chega porque há um momento em que se olha para o relógio e nos apercebemos que já passaram horas)

Sonho

Pelo sonho é que vamos,
Comovidos e mudos.
Chegamos?
Não chegamos? Haja ou não haja frutos,
Pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria,
Ao que desconhecemos
E ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?

- Partimos. Vamos. Somos.

Sebastião da Gama

quinta-feira, janeiro 15, 2009

O que os dias trazem

Haviam os ciúmes.
Mas naquele quarto não existia mais nada,
apenas os olhos dela
nos dele.
E os beijos dele
nela.

Havia o medo
de o perder,
de se perderem.
Ela chorava:
as lágrimas iam-lhe escorrendo pelo rosto.

Havia a insegurança
dos desinstantes
em que não estavam juntos.
Ela queria abraçá-lo,
e enlear-se no seu abraço,
para sempre.

Havia a saudade.
Por isso,
o toque deles era fundo,
a respiração feita de pausas profundas.

O tempo estava suspenso:
a ternura dele contagiava-a.

Naquele quarto,
o amor pertencia-lhes
até ao fim…

O Amor fortalecia-os. Até ao fim.

Tempo

Ontem soube bem acordar ás 8h a olhar para este céu:





Hoje, em Lisboa, é aquilo que se vê: chuva que cai de um céu cinzento...

segunda-feira, janeiro 12, 2009

Esmeralda - Uma criança em perigo...

Profissionais de saúde manifestem-se!!!

Há uma criança em perigo! - É o que apetece gritar! É uma Emergência!

Não consigo entender nada do que acontece neste caso.
Sempre foi e será claro. Esmeralda deve ficar com os seus pais afectivos. Aliás, nunca deveria ter sido separada dos seus pais afectivos, Sargento Gomes e Adelina.
Não percebo onde é que os tribunais se baseiam para tomar uma decisão que vai contra tudo o que diz respeito aos direitos e protecção das crianças.

Uma criança constitui-se como pessoa na sua dupla vertente somática e psíquica, não se podendo subvalorizar a existência de uma vida interior que se inicia desde os primeiros momentos.
Ao nascer, o recém-nascido desprotegido separa-se bruscamente da mãe, é confrontado com uma diversidade de estímulos ambientais novos que irão exigir uma permanente adaptação e, encontra-se totalmente dependente do meio que o circunda. Necessita dos cuidados da mãe, ou de quem a substitua e de um meio propício para sobreviver.
É indiscutível a importância da figura materna (mãe, ou pessoa que estabelece uma relação vinculativa com a criança) nos primeiros anos de vida. Os cuidados maternais, como por exemplo: alimentar, dar banho, vestir/despir, adormecer o bebé ultrapassam a satisfação das necessidades básicas e não podem ser percebidos apenas no seu aspecto funcional. A forma como a mãe desempenha e vivencia o seu papel influenciará o desenvolvimento psicológico da criança e irá interferir com a satisfação de diversas necessidades.
De acordo com Winnicott, nos casos dos bebés cujas mães não reflectem o seu estado de espírito ou reflectem a rigidez das suas defesas, os bebés são confrontados com a experiência de nada receberem em troca do que eles dão: olham mas não se veêm a si próprios. Como resultado vai ocorrer uma diminuição da capacidade criativa da criança e ela vai procurar outra solução para que o ambiente circundante reflicta algo dela própria. Outros bebés não perdem imediatamente a esperança; estudam o objecto e procuram decifrar o que deveria lá estar. Outros bebés estudam o rosto materno atentamente e fazem uma previsão. Assim face ao rosto da mãe, o bebé cresce como que questionando-se perante um espelho. Se o rosto da mãe não responde, o bebé sente que não existe nada de si próprio para ver. Este autor postulou um processo histórico no desenvolvimento dependente do facto de ser visto «Quando eu olho, vêem-me, portanto existo. /Posso então permitir-me olhar e ver. /Eu olho então criativamente e percebo». Quando a família está unida através de laços de harmonia, a criança pode observar-se e “ver-se” reflectida na atitude de cada membro da família ou na família como um todo. Sendo assim a família tem um papel fundamental no que diz respeito ao desenvolvimento da personalidade e ao enriquecimento de cada um dos seus membros.
Harris, citado por Eduardo Sá referiu que «os acontecimentos traumáticos que acontecem na vida, seja qual for a sua origem, testam a capacidade da personalidade em lidar com uma nova experiência, e as inevitáveis dor e incerteza que lhe estão associadas, bem como crescer com isso. Esta capacidade é sempre, de alguma forma, influenciada pela natureza dos primeiros objectos continentes e em particular pelas qualidades perceptivas da mãe. Pais receptivos ajudam o bebé a ter experiências de si próprio. A sua identificação com eles facilita-o a lidar com conflitos emocionais posteriores e com impulsos característicos da vida, na medida em que ele (bebé) consegue ser o que é e sentir o que sente».
A separação constitui uma situação traumática, muito dificilmente aceite pelo psiquismo das crianças e com um grande impacto na sua vida psíquica.
Consideremos estes dois exemplos mencionados por Maurice Berger: quando se tenta explicar a uma criança adoptada que a sua mãe biológica a abandonou por não ser capaz de cuidar dela e optou por um acto de amor ao entregá-la a uma outra família capaz de a fazer feliz, ou quando se explica a uma criança separada de pais com doença mental/psiquiátrica que não pode continuar a viver com eles, porque eles não são capazes de a proteger, estes factos não constituem a solução para minorar o sofrimento psíquico, impedir a criança de idealizar os pais (mesmo que até tenha sido vítima dos seus maus tratos). O mesmo autor descreve dois mecanismos que impedem a capacidade de pensar da criança:
«- Negação: logo à partida, a criança rejeita qualquer argumento objectivo que se lhe proponha.
- Clivagem: consiste em manter coexistentes dois modos de pensamento antinómicos (…). Tem graves consequências visto que impede o acesso à ambivalência: os pais não podem ser simultaneamente amados e criticados. São idealizados por uma parte do psiquismo da criança, temidos e odiados por outra, partes essas que não comunicam entre si e que são mantidas bem separadas. A clivagem complica consideravelmente o trabalho psicoterapêutico, uma vez que o psicoterapeuta nunca sabe com que parte da criança está a lidar

Daqui podemos inferir que determinadas explicações fornecidas com a melhor das intenções, só por si, não podem ajudar as crianças a compreender as razões da separação/abandono. É uma realidade cruel demais para ser integrada. Para além disto, o processo psíquico inerente à separação é vivenciado de um modo diferente de um processo de luto (por morte de alguém que nos é significativo). E porquê? Porque como o autor escreveu, “a sobrevivência do objecto separado alimenta a esperança de reencontro, de reconquista, ou pelo menos, de um encontro possível”.
Crianças submetidas a uma separação são crianças com múltiplas privações emocionais; que sentem a falta de afectos, solidão e vazio, sentimentos estes geradores de um sofrimento intenso, ansiedade e dor extremas.
Maurice Berger descreve que estas crianças imaginam-se frequentemente culpadas de situações, que não têm absolutamente culpa nenhuma e acham que são a causa do que as deprime. A criança ao idealizar a sua mãe ou o seu pai, ou ambos, de um modo incriticável, não pode dirigir contra eles os sentimentos de raiva e revolta que a assolam por os progenitores estarem ausentes e, esses sentimentos são voltados contra si próprias, sob a forma de autocrítica. São crianças que desenvolveram mecanismos específicos, tais como ambicionar dominar as relações com terceiros ou, em contraste, entregarem-se a uma anulação de si próprias, não conseguindo expressar as suas opiniões, sentimentos. Estes processos surgem em consequência da situação de passividade forçada face aos acontecimentos exteriores a que foram sujeitas.
Não me é concebível que um tribunal coloque em perigo a saúde das crianças, sujeitando-as ao sofrimento, uma vez que são situações muito delicadas, que podem ter repercussões bastante graves. O pedopsiquiatra Pedro Strecht destaca três grandes quadros mais ou menos comuns, os quais passo a referir:
Imaturidades estruturais: crianças com um self não integrado, pouco organizado, com dificuldades na aprendizagem, apesar de um potencial intelectual dentro da média; discurso (linguagem) muito ligado ao concreto, dificuldades nas actividades de representação e simbolização. Fraca interiorização de regras e limites, revelam sintomaticamente as falhas do investimento parental: atraso do crescimento e no desenvolvimento, problemas comportamentais, patologia psicossomática, dificuldades no controle de esfíncteres (enurese, encoprese).
Depressões: com diferentes graus de profundidade e de gravidade, crianças/adolescentes tristes, inibidas, com baixa auto-estima, com dificuldades escolares, muitas delas manifestam comportamentos aditivos, outras pré-delinquentes, adolescentes com falhas na identidade sexual e risco de suicídio.
Desorganizações pré-psicóticas ou psicóticas: crianças muito desorganizadas e confusas, como resultado de uma dificuldade em manter em equilíbrio uma dinâmica interna face à intensidade de acontecimentos traumáticos exteriores”.

quinta-feira, janeiro 08, 2009

"Children see. Children do."

Make your influence positive

quarta-feira, janeiro 07, 2009

Para que valha a pena...

''De tudo, ficam três coisas: A certeza de que estamos sempre a começar, a certeza de que é preciso continuar, a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar… portanto, devemos: fazer da interrupção um caminho novo, da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro".

Fernando Pessoa

terça-feira, janeiro 06, 2009

Caos ou alma: mundos interiores.
É fascinante a história. Quase tal como as flores vermelhas do lado esquerdo quando o instante é especial e a metade do portão aberto onde quem se espera, nos dias, na nossa vida, no pensamento aparece.
Sempre que começo a pensar em ti... gosto.
Guardo as fotografias da luz da noite, da luz do início do dia, das árvores do jardim, das escadas em direcção à pastelaria.
O mundo que existe por trás dos olhos é infinito, doce, mélico - apenas atravessa a pele. Um mundo que cada um transporta. Cada pormenor interior cheio de reticências. As palavras desfazem-se nele.
Guardo o ritmo, a melodia, o timbre, a voz. Guardo os movimentos. Guardo as imagens fixas. Guardo o mundo que está à nossa volta. Guardo os encontros.
Tudo cinematicamente misturado em harmonia.

Gosto da cor dos teus olhos. E dos teus ombros.
Posso tocar-te os lábios. Posso abraçar-te. Posso beijar-te...

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Pesquisa Sentimental

Tenho uma simpatia e admiração especiais pelo escritor José Couto Nogueira, autor dos livros "Táxi" (2001) e "Vista da Praia" (2003), ambos editados pela D.Quixote.

Em Fevereiro de 2009, a publicação do romance "Pesquisa Sentimental":


A certa altura, no Capítulo 5

"Os fantasmas assombram-me. Há algo de deprimente no passado. Por um lado, não volta, já não é. Esgotou as surpresas possíveis. Só deixou falsas promessas. Uma série de oportunidades gastas, um peso inútil. Mas, por outro lado, nunca desaparece. Deixa marcas, pelo que foi — e pelo que não foi.
Os gregos consideravam que estamos de costas para o futuro, a ver o passado a distanciar-se cada vez mais, até o perdermos de vista. O futuro está atrás de nós, não sabemos como vai ser.
Não há nada de mais excitante do que o futuro."

domingo, janeiro 04, 2009

E a entrada em 2009...



...aconteceu na presença de excelentes companhias!!!!!!