quinta-feira, novembro 27, 2008

Sinto muito

«As palavras permanecem, penso em nós, no como andaremos por perto agora e depois».
João Ricardo Lopes


Tanta coisa se passou, que falar não é fácil.
Os meus pensamentos queriam outra coisa.
Fiquei no lado de cá, acenando de vez em quando, para que voltasses. Da mesma maneira que esperaria que um peão acabasse de rodar para ver para que lado tombava.
Há o lado oposto: a outra margem.
Bocadinhos de ti, imperfeitos, encaixados uns nos outros num retrato de traços largos. Guardo em mim as falhas e as faltas. É verdade. Sem remorsos. O sentimento que se perdeu nunca mais se pode encontrar. Em parte nenhuma.