Por entre as salas de um serviço de um Hospital não somos enfermeiros. Somos amigos: tristes com umas piadas que se soltam de vez em quando, que ainda nos fazem rir com gargalhadas.
Não sabemos o que dizer. Não sabemos o que saberá melhor de ser ouvido. Esforçamo-nos por escutar. Sentimo-nos frágeis. Queremos apenas estar e estar mais um pouco...
Tudo é inacreditável e angustiante.
Incategorizável.
2 Comments:
Como eu te compreendo, Maria João! E são amigos acesos, valiosos, pois quando se cai numa cama de hospital o mundo fica insuportavelmente pequeno. Ainda bem que há pessoas como tu, alentando onde a vida é terrível e muitas vezes termina!
Parabéns pelo post. Fez-me pensar!
Não consigo exprimir nem consigo fazer entender a quem está no exterior, mas sei que é possível num processo de doença um tempo que se alonga e em que se experienciam relações de uma enorme intimidade e doçura e infinita ternura, apesar da dor e do sofrimento, que são certos...
Um enorme beijinho
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