segunda-feira, janeiro 04, 2010

Uma Traição...

Descobri que até consigo ser a favor das traições que correm bem, ou seja, daquelas que ao acontecerem resultou daí algo de bom e positivo, por exemplo uma pessoa perceber que a pessoa por quem trai é afinal a pessoa da sua vida e isso mudar todo o destino da existência dessas pessoas.
No fim, foi um bem para todos:
- para a pessoa que foi traída, que fica a perceber que de facto aquela pessoa que a traiu não merecia estar ao seu lado e que tudo não passou de uma mera ilusão ou engano ao ter avaliado mal: a Outra pessoa, a relação, e aquilo que fez com que sentisse algo de especial face a essa mesma pessoa, e que se dissipará com toda a certeza. Segue-se em frente com muito mais certezas na vida, de consciência tranquila e paz de espírito, sem assuntos inacabados por resolver.
"Escolhemos as pessoas. Apostamos nos afectos. Eliminamos naturalmente quem não deixou marcas. Dedicamo-nos intensamente àqueles que escolhemos, que merecem tudo. Não aturamos fretes. Dizemos o que pensamos, quando queremos. Deixamos de nos preocupar com o que pensa quem não interessa. Já sabemos que as pessoas não mudam - e essa certeza tranquiliza-nos. Adormecemos mais completos. E mais felizes por, durante mais um dia, termos ousado ser verdadeiros."
- para a pessoa que traiu também foi bom porque segue em frente com a pessoa com quem ocorreu a traição.
E tudo, à partida, acabará em bem com um happy end!

Quando face a isto as pessoas tentam tornar toda a situação ainda mais difícil do que aquilo que ela já é, e se auto-destroem e se tentam destruir umas ás outras não consigo entender o significado destas traições que correm assim tão mal a este ponto, das quais tudo o que daí resulta é mais difícil de concluir assim como encontrar um significado: lógico e coerente que permita dar um sentido ao sofrimento do acto de trair em si, e de se ter compactuado com isso.
Mas acredito que:
- Quem trai se pode vir a arrepender de o ter feito, porque as pessoas se enganam face aquela pessoa com quem traíram uma terceira. Afinal erraram e a relação que levou à traição passou a não ser mais aquilo que esperavam, que pensavam poder ser ou vir a ser e a acontecer. A solução foi colocar um ponto final (na traição)…
E é um direito da pessoa que traiu poder sentir e perceber que, a pessoa traída, é afinal aquela pessoa ao lado de quem quer estar. E tem o direito de pode mudar tudo, independentemente dos juízos de valor que os outros possam fazer: ao perceber que é possível afinal gostar dessa pessoa (da pessoa traída) e querer salvar essa relação, uma segunda oportunidade, uma segunda vida entre pessoa que trai e pessoa traída também será uma possibilidade, desde que ambas a aceitem e lutem por ela…
- A pessoa com quem ocorreu a traição deverá fazer um esforço para ser capaz de seguir em frente e não se auto-mutilar, mas sim pensar que deu tudo de si à outra pessoa e à relação mas que por um e outro motivo, e tantos, não teve caminho para seguir e precisará de tempo, de pensos rápidos para as feridas do coração, de muito mimo e de muito afecto…
- A pessoa traída deve avaliar, avaliar, avaliar toda a situação com uma profunda clareza e perceber se valerá a pena dar uma segunda oportunidade à pessoa que a traiu e aqui será a coesão de sentimentos que pode vir a ditar o futuro, o equilíbrio, a coragem, a capacidade de perdoar e amar…

E perdoar,
perdoar-se cada pessoa a si mesma,
e saber perdoar também os outros
será sempre uma possibilidade!

4 Comments:

At 7/1/10 17:39, Anonymous Anónimo said...

bom bom englobas te todas as possibilidades ;)

 
At 21/1/10 20:34, Blogger Unknown said...

Sabes, já li e reli o teu post várias vezes e quis comentar mas faltaram-me as palavras. Agora já as tenho. Independentemente do sentido que podemos dar às palavras, a traição pode servir para muitas coisas e sobretudo pode servir para aprendermos a perdoar como tu bem dizes. Sobretudo a perdoar-nos a nós, por näo sermos perfeitos e a aprender a gostarmo-nos exactamente por causa disso. Nada é eterno e as relações só devem durar enquanto nos sentimos bem com elas. Assumir isso pode ser dificil mas é a melhor opção. O amor não pode ser uma obrigação nem uma sensação. Talvez seja uma construção a fazer a dois...
Beijos

 
At 22/1/10 17:28, Blogger mjoão said...

:)um beijinho

 
At 22/1/10 19:05, Blogger mjoão said...

Ao longo da vida há fasciníos! Serão as opções que se tomam que depois conferem o tal balanço das decisões e da vida. Concordo muito, com essa construção a dois! É um pouco por ái que vejo as coisas. Obrigado por esta partilha!

 

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