Cinema
"Pintar ou Fazer Amor" – o primeiro filme que vi sobre a temática do swing…
“Sarayaku Kaparik, um grito pela dignidade” integrado na mostra de 11 filmes do Projecto Tierra de Todos, até dia 12 de Outubro no Cinema King.
Um filme que reflecte situações contemporâneas a actuais como os problemas que afectam o mundo e o papel de responsabilidade que cada um deve assumir.
Um filme que nos fala dos Sarayaku, um Povo Índigena da Amazónia e da sua cultura.
O que mais me impressionou neste filme foram: o sentimento unificado de etnia e a capacidade de organização destes pequenos grupos humanos: pessoas que vivem em zonas do mundo que não sofreram processos de colonização nem de modernização; pessoas que vivem num ritmo histórico diferente e que lutam pela defesa dos seus direitos. Esta comunidade revela uma enorme capacidade de estabelecer uma relação entre o global (o Planeta) e o local (os seus modos de vida), confere primazia à educação dos filhos, existindo uma estreita ligação entre a escola e a comunidade, que se orgulha disto; p.ex. as crianças levam para a escola os bens que podem e que são essenciais para a sua alimentação enquanto estão nas aulas: lenha, cebola, batata, entre outros, os quais são entregues a uma enfermeira que tem como missão cozinhar aquilo que as crianças trazem de casa.
Nesta comunidade, as pessoas são agentes de resolução dos seus próprios problemas, e por isso, agentes de mudança. As mulheres são as principais a assumirem a protecção daquele local, reconhecendo que o território onde habitam lhes pertence, uma vez que é nele que moram as histórias passadas vividas pelos seus ancestrais; a ideia de desenvolvimento (sustentado) transmitida de geração em geração; a existência de locais sagrados, os quais devem ser protegidos; o conhecimento da natureza associado ás medicinas tradicionais, a presença vincada de elementos culturais/rituais que os caracteriza e os distingue.
Através do domínio dos meios globais de comunicação têm levado a cabo uma luta contra as plataformas transnacionais, nomeadamente a instalação de companhias petrolíferas naquele Estado, evitando assim a expropriação da sua própria Terra, preservando deste modo a sua cultura e identidade.
“O que significa para vocês a liberadade?
- Não atraiçoar a confiança que os outros depositam em mim
- Manter a identidade
- Reclamar direitos e justiça
- Seguir os princípios nos quais acredito
- Viver tranquilamente e sem nenhum problema”
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